24 setembro, 2006

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Manifesto pela liberdade??

Mike Gabriel
Estudante de Ciência da Computação/UFS
Militante do PSOL

Quando comecei a dar passos maiores e mais firmes dentro da minha militância estive em contato e aprendi muita coisa com o PSTU, dentre essas coisas que as eleições não mudam em nada o rumo da vida dos trabalhadores e trabalhadoras, sobretudo com regras que claramente beneficiam aqueles que têm dinheiro, deixando os operários(as) e seus partidos de fora desse jogo de cartas marcadas.

Ao ler o tal manisfesto "Liberte-se", pregado em uma parede no campus da UFS minha primeira reação foi a de rir. Primeiro porque a reunião deste "movimento" era no Teimonde, bar burguesinho da praia de Atalaia, e segundo porque ficava cada vez mais patente a "direitização" do PT e seus satélites.

Vamos ver alguns trechos interessantes do manifesto.

"....Movimento Liberte-SE, um movimento suprapartidário e permanente ...."

Aqui vemos o termo suprapartidário, em uma visão rápida é uma coisa boa, democrática onde todos e todas podem participar, mas se nos debruçarmos sobre o termo em si, vemos que em suprapartidário cabem todos, inclusive a direita como os tucanos Maria Mendoça, Zé Teles, Ulices Andrande, Bosco Costa entre outras figurinhas que sempre fizeram parte das oligarquias que o PT diz querer derrubar em Sergipe. Não custa lembrar que se não fosse a verticalização Albano Franco estaria de braços dados com Déda e o PT.


"*Compreendendo que ao invés de apenas lamentar o flagelo e a indigência ética a que está submetida grande parte da classe política...."

O debate da ética é necessário mas não diferencia ninguém ideologicamente, existem políticos de direita que são éticos e isso não os faz serem opções. A corrupção que vemos aí é inerente ao sistema e aos que capitulam frente a ele, daí tanto Petistas quanto Pefelistas e tucanos estarem envolvidos até o pescoço com os escândalos de corrupção e nos dois casos é muita cara de pau "lamentar o flagelo e a indigência ética".

"...todo cidadão tem o direito e o dever de se organizar para proteger o seu futuro, o futuro da sua família, do seu Estado e do seu País;"

O mote do final desse trecho deu o pontapé inicial ao golpe militar de 64, precisa dizer mais??? Esse é o trecho mais reacionário de todo manifesto.

"*Compreendendo que as forças do atraso, da mesmice e da submissão estão fazendo uso de todas as formas possíveis e imagináveis para se perpetuarem no poder a qualquer custo;"

Nesse ponto tenho acordo que o João Alves e sua corja têm jogado sujo e muito, mas o PT e sua coligação estão aprendendo bem a lição, basta ver o uso eleitoral que foi dado a uma série de inaugurações feitas pela prefeitura de Aracaju, nas citações constantes ao nome de Déda no Forró Caju (totalmente fora de propósito com a festa, com o simples objetivo de promovê-lo) e com a campanha milionária que vemos nas ruas da capital e quem banca essa campanha não é a militância petista, então o vale-tudo também está do lado petista, seja usando o dinheiro dos aracajuanos para se promover e fazer campanha antecipada, seja usando dinheiro da burguesia oligárquica para sua campanha.


"*Compreendendo que as candidaturas de Marcelo Déda a governador e de Zé Eduardo para senador representam, no momento, a única via de mudança necessária para libertar o povo de Sergipe da nefasta oligarquia que a 30 anos se reveza no poder, privilegiando seus interesses privados em detrimento dos interesses públicos, gerando a fome e a dor na gente sergipana;"

Claro que o povo sergipano precisa ser liberto de suas oligarquias, não só o povo sergipano mas todos os trabalhadores e trabalhadoras do mundo inteiro precisam se livrar de toda e qualquer opressão.
Porém, afirmar que Déda e Zé representam, mesmo que no momento, a ÚNICA via de mundaça necessária para a libertação é negar o protagonismo da classe trabalhadora e sua autorganização. É uma afirmação messiância e reacionária até a medula.
No mais, dentro dos 30 anos de revezamento da "nefasta oligarquia" está o governo de Antônio Carlos Valadares, e o vice da chapa de Déda é do mesmo partido do ex-governador, ou seja, essa conversa de mudança é só jogo de retórica (vide o quase acordo com Albano e o apoio de expoentes tucanos). Déda e João têm o mesmo projeto de fundo e esse projeto jamais irá emancipar o povo sergipano.


"*Compreendendo que a sociedade civil não pode mais permitir que esses grupos políticos anacrônicos violentem o princípio básico da democracia que é a alternância de poder;"

O termo sociedade civil está longe de caracterizar os trabalhadores e trabalhadores e suas organizações, este termo geralmente diz respeito à burguesia nacional e quando muito à classe média. Mais uma vez, cabem todos, sobretudo aqueles que investem milhares de reais em campanhas cinematográfica, depois cobram a fatura e quem paga é o povo.

Como deu pra ver, esse manifesto é de direita para contrapor a direita. Infelizmente esse é o cenário posto para os sergipanos, continuar com a direita ou mudar com a direita. Por mais que Déda seja menos pior que João, afirmar que "só com Déda que Sergipe vai mudar", conforme a musica de sua campanha, é negar toda a luta do movimento operário e camponês na história de Sergipe.

Para engrossar a fileira dos que querem lutar e não acham que precisam de um tutor, que os trabalhadores e trabalhadoras são sujeitos da história é que estamos na "Frente de Esquerda", fazendo uma campanha militante, cheia de dificuldades e em grande parte sendo boicotados e até ridicularizados pela imprensa oficial pelo simples fato de não aderir ao pensamento único neoliberal e ao senso comum. Mas seguimos em frente, a frente de esquerda não acaba dia primeiro de outubro, continua junto à luta dos trabalhores do campo e da cidade.

Frente de esquerda é pra valer, pra derrotar João Alves e o PT!
Toeta - 16
Heitor - 500
Heloísa Helena - 50



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Os banqueiros sabem o que querem: Lula e Alckmin

Na edição anterior, este espaço foi ocupado por uma crônica com o sugestivo título "Afinal, o que quer essa mulher?" A mulher referida é a senadora Heloísa Helena. O texto desancava pesadamente a candidata à presidência da República pelo PSOL.

A pergunta é das mais pertinentes numa campanha eleitoral em que praticamente não há contornos programáticos definidos entre os dois postulantes à frente das pesquisas de intenção de voto. A questão não caberia se os sujeitos da oração fossem o presidente Lula (PT) ou o ex-governador Geraldo Alckmin (PSDB-PFL).

Não há nada mais previsível do que suas campanhas. Quem diz isso – vejam só! – é o banqueiro Olavo Setúbal, em entrevista à Folha de S. Paulo, em 31 de agosto último. Vamos a um trecho dela:

"Folha - Se ele ou o Alckmin for eleito, para o senhor tanto faz?
Setúbal - Não tem diferença do ponto de vista do modelo econômico. Eu acho que a eleição do Lula ou do Alckmin é igual.

Folha - Os dois são a mesma coisa?
Setúbal - Os dois são conservadores. Cada presidente tem suas prioridades, mas dentro do mesmo leque de premissas econômicas. Acho que o Lula vai conservar a premissa da linha de superávit primário, de metas de inflação e tudo o mais. São evoluções que estão consolidadas no Brasil e serão mantidas por qualquer presidente.”


Setúbal parece ter atendido a um apelo do próprio presidente Lula. Num rasgo de sinceridade, ele fez a seguinte declaração durante a inauguração de seu comitê eleitoral em Brasília, um mês antes: "Banqueiro não tinha porque estar contra o governo, por que os bancos ganharam muito dinheiro... Então, não tinham por que estar com tanta raiva e preconceito".

Estamos em meio a uma disputa eleitoral que encurta horizontes, amesquinha estratégias e transforma qualquer projeto de longo prazo em metas para 1º de outubro. Setúbal mostra que estamos diante da mais insossa e enfadonha campanha dos últimos anos.

Há uma razão básica para isso. Qualquer um que se dê ao trabalho de examinar as propostas econômicas do PT e do PSDB encontrará poucas diferenças reais entre elas. Os marqueteiros podem dourar a pílula e fazer a redação em estilos diferentes. Mas a essência das duas postulações tem como meta prosseguir com o ajuste fiscal, realizar mudanças constitucionais que desonerem o capital e penalizem o trabalho – como uma terceira reforma da Previdência, pretendida pelos dois candidatos – e manter cada vez mais as decisões do Estado nas mãos de interesses privados.

Estamos diante de duas vertentes do modelo neoliberal, uma mais à esquerda e outra mais à direita. Nenhuma delas visa melhorar a vida de nosso povo de forma duradoura. Uma tem uma bolsa-escola um pouco melhor, reajusta um pouco mais o salário mínimo, mas não se distancia do modelo herdado. Outra abusa do palavreado oco do "choque de gestão". Mesmo a política externa atual – área em que o governo Lula se sai um pouco melhor – apresenta problemas. Ela é ambígua. Há uma solidariedade a Hugo Chávez, dada apenas após o referendo revogatório em que se sagrou vitorioso em 2004 e um comportamento de dupla face em relação à Bolívia. Enquanto a diplomacia brasileira apresenta uma conduta louvável, a Petrobrás, pressionada por seus acionistas privados, busca endurecer o jogo com o governo Evo Morales. Não se pode esquecer também da falta de apoio à moratória argentina, em 2003, do envio de tropas brasileiras ao Haiti ou da abstenção em relação a Cuba, em duas oportunidades, quando uma comissão da ONU buscou condenar a Ilha por supostas violações de direitos humanos.

Se acharmos isso coisa pouca, olhemos para as manchetes da semana. Somente no mês de agosto, por conta da estratosférica taxa de juros, a dívida pública cresceu 25,08 bilhões de reais, três vezes mais do que é gasto em todos os programas sociais num ano. Quase metade dos jovens entre 16 e 24 anos está desempregada. A Volkswagen impõe uma chantagem ao país e inicia a demissão de 3.600 trabalhadores e nada acontece. E o país segue pelo caminho do baixo crescimento econômico, maior apenas que o do Haiti, um país mergulhado em guerra civil.

Vivemos tempos complicados para a esquerda brasileira. A eleição de Lula, em vez de potencializar debates, liberar forças sociais represadas e dar curso a transformações ainda que tímidas na estrutura social e econômica brasileira, teve efeito inverso. O presidente absorveu a formidável energia política dos 53 milhões de votos dados em outubro de 2002 – que misturavam apoio a uma pregação mudancista de 25 anos e um repúdio ao governo FHC – e transformou-a em impulso continuísta.

Com isso, semeou confusão e desalento entre a esquerda e o movimento popular e transformou-se numa providencial tábua de salvação para as classes dominantes – em especial, o setor financeiro – que viu seus representantes políticos serem repudiados nas urnas há quatro anos.

Alckmin, por sua vez, é a direita com cara de bom moço. Suas marcas principais são 69 CPIs abafadas na Assembléia Legislativa, o prosseguimento das privatizações e o descontrole na área de segurança pública e de direitos humanos.

Escolher entre Lula e Alckmin significa ter de optar entre o ruim e o muito ruim. Assim, já se sabe o que o petismo e o tucanato querem. Voltemos à pergunta do artigo mencionado no início: "Afinal, o que quer essa mulher?" A resposta é simples: quer um Brasil onde o povo não seja apenas um detalhe.

Gilberto Maringoni é jornalista, autor de A Venezuela que se Inventa - Poder, Petróleo e Intriga nos Tempos de Chávez e coordenador da campanha de Plínio de Arruda Sampaio (PSOL-PSTU-PCB) ao governo de São Paulo.

01 setembro, 2006

Repórter cubano burla democracia

Fausto Wolff

Diante da morte anunciada de Fidel, repórteres de centenas de democracias foram à ilha e comprovaram que existem prostitutas, engenheiros dirigindo táxis por falta de coisa melhor, escassez de comida e de medicamentos e, pior, não há eleições para presidente. Vivem, coitados, um eterno 1968. Diante da possibilidade de Cuba cair numa democracia, um repórter cubano veio ao Brasil e, após uma semana, me entrevistou:

RC - Por que milhões de pessoas moram em casas de cachorro?
FW - É gente trabalhadora que veio do campo, pois não tinha terra para plantar...

- Você está brincando. O Brasil pode ser o celeiro do mundo...
- É que as terras têm proprietários e, numa democracia, a propriedade privada é sagrada.

- Como os proprietários conseguiram as terras?
- Herança do pais. E esta é outra lei pétrea da nossa Constituição.
- E o pai ganhou a terra de quem?
- Do avô, que ganhou do bisavô, que ganhou do trisavô, que ganhou do tetravô, que, por sua vez, tomou as terras à força.

- Mas isso não é ilegal?
- Na época ainda não éramos uma democracia.
- E se o povo faminto tomar as terras?
- Isso seria antidemocrático. Teríamos que proteger as terras improdutivas com soldados e milhares morreriam, inclusive alguns soldados.
- Soube que só ontem, no Rio e em São Paulo, morreram mais pessoas em tiroteio do que no Líbano.

- É que levamos a nossa democracia a extremos nunca vistos no mundo. Os presidiários, embora destituídos de direito, também têm voz e da cadeia comandam um exército de marginais que não ama a democracia.
- E ainda assim vão liberar 11 mil presidiários no Dia dos Pais? Os chefes do PCC não vão se aproveitar para botar o bloco na rua?
- Não. Só sairão os mais bonzinhos, segundo o secretário de Segurança de São Paulo.

- O líder do PT na Câmara diz que gastará R$ 2,5 milhões na campanha para se eleger. Para ganhar isso com o salário de deputado, que é de R$ 15 mil, teria de trabalhar 11 anos.
- Isso acontece com a maioria deles. É gente que ganhou dinheiro honestamente na empresa privada e quer agradecer ao povo trabalhando praticamente de graça.

- Vocês fizeram CPIs e descobriram que havia ladrões nos Correios, no Ministério da Saúde, no Ministério de Ciência e Tecnologia, no Ministério da Fazenda, no Ministério da Justiça, no Senado, em centenas de prefeituras. Não poderia haver fraude em um ministério sem que todos estivessem envolvidos. Trata-se de uma democracia sob suspeita.
- Ao contrário. Os crimes só são descobertos em democracia.
- Mas ninguém foi para a cadeia e a maioria foi inocentada no Congresso.
- A isso chamamos ética democrática. Seria muito feio um deputado expulsar outro. As famílias se conhecem, as crianças freqüentam os mesmos colégios, vão às mesmas festas...

- Vocês têm tanto dinheiro... Por que não acabam com o analfabetismo, o desemprego, a miséria, a prostituição, o tráfico de drogas?
- Prostitutas vocês também têm. Poucas, mas têm. Agora respondo à sua pergunta: uma verdadeira democracia não distingue entre pobres e ricos. Sempre que sobra dinheiro para as reformas, alguns bancos vão à falência e, para evitar essa vergonha, o Banco Central dá o dinheiro das reformas para eles. O BNDS, agora mesmo, emprestou 1,7 bilhão de financiamento para uma companhia de celulose. É assim que a democracia funciona, pelo menos no modelo neoliberal, que é o nosso. veja o caso da Companhia Vale do Rio Doce. A primeira mineradora do mundo dava muito lucro. O presidente achou que o povo já havia ganho o bastante e a vendeu para particulares por R$ 3 bilhões. Eles já lucraram R$ 6 bilhões e ainda não pagaram o empréstimo.

- Mas Lula não era de esquerda e contra as privatizações?
- Era, e por isso foi eleito. Um mês depois da posse descobriu que se regenerou e tornou-se crente fervoroso do neoliberalismo
- E ele vai se reeleger?
- Parece que será eleito com o voto dos pobres e miseráveis que se identificam com ele, que já foi pobre e hoje tem até mulher com dupla cidadania e filho milionário.

- Confesso que não entendo uma democracia com tanta miséria, tanto crime, tanta safadeza.
- É que você nasceu numa ditadura sangrenta e despótica. Assim que Fidel morrer e os americanos instalarem uma democracia em Cuba, como instalaram no Brasil, você vai ver como é bom.




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