03 junho, 2006

É hora da unidade da Esquerda Socialista, nas urnas e nas lutas

"De uma história ela fez uma essência; da essência ela fez um elixir; e do elixir começou novamente a compor a história"



Estamos iniciando um processo de guerra, e não simplesmente um processo eleitoral. De um lado o Imperialismo, os coronéis, os entreguistas de sempre, a grande mídia e contra poderosas máquinas do PT e PSDB que buscarão manter a disputa nos marco da ordem, sem permitir que se estabeleça uma verdadeira polarização de projetos em disputa, e muito menos que permita revelar aos trabalhadores e trabalhadoras brasileiras e ao mundo que no Brasil existe um setor, embora minoritário que não se rendeu á lógica e benesses do capital e da agenda de reformas neoliberais.

De outro lado o povo lutador; que teve roubada sua esperança de mudar o país de forma estrutural; única forma de fazer com que seus "sonhos de dias melhores” fossem possíveis de se realizar. Sonhos de que as riquezas produzidas pudessem ser distribuídas na forma de investimento na saúde, educação, moradia, emprego. Isto só será possível se a própria classe se colocar em movimento. Um destes momentos serão as eleições.

Precisaremos e queremos ganhar votos para uma alternativa de esquerda socialista, para mostrar ao povo que a esquerda não termina em Lula e na sua medíocre aceitação da hegemonia do capital financeiro. Por isso, queremos ganhar votos e se possível às eleições e estaremos rua a rua, casa a casa, esquina a esquina, fábrica a fábrica, favela a favela disputando estes votos.

Porém, mais do que votos precisamos ganhar consciências, de que podemos enquanto classe trabalhadora, maioria do povo e da nação, mudar o quadro de barbárie que se encontra nosso país, tanto do ponto de vista econômico, como do ponto de vista político.

Mas para ganhar corações e mentes de milhões precisamos potencializar, unir as forças da esquerda socialista. Precisamos mostrar para o povo que os que resistem são capazes de se unir para sustentar um projeto coerente de mudanças.

Mais do que o tempo de TV (mínimo) que teremos, precisamos unificar os revolucionários e revolucionárias que não se renderam ao longo destas décadas de luta contra a ditadura militar, Collor, FHC e Lula, diante dos milhares de cabos eleitorais pagos pelos partidos tradicionais (PT,PSDB,PFL, etc.), mas são valentes e ainda tem na mente a utopia de criação de um sistema de igualdade social, política e cultural. Uma sociedade Socialista!

A única possibilidade de ampliar esse leque de combate e se preparar para o acirramento desta guerra, que virá nas eleições e gestará por parte dos partidos da burguesia uma nova agenda de (contra) reformas sindical e trabalhista e previdenciária, é a constituição de uma verdadeira Frente de Esquerda e Socialista composta por PSOL, PSTU e PCB, poderíamos incluir o PCO, não fosse a opção feita pelos camaradas de utilizar este momento histórico para tão somente realizar uma aposta na política de autoconstrução, cumprindo (consciente ou inconscientemente) o papel de tentar desmoralizar a Frente. A história e a vida cobrarão de cada um suas opções. Pois nesse momento histórico as divisões sectárias e mesquinhas entre os que não se renderam não terão qualquer utilidade para a classe trabalhadora.

O esforço de construir a frente de esquerda implica riscos. O principal é o de não permitirmos a tentação de se cria espaços para disputas internas, a exemplo dos caminhos da nova disputa de hegemonia do movimento; a exemplo CUT x Conlutas, ou ainda a da auto-construção partidária entre seus componentes.

A história e o acumulo de ação comum e nossas desavenças táticas, não deixando de considerar aspectos programáticos, não nos permitiu amadurecimento necessário para que marchássemos juntos numa mesma organização neste momento (PSOL, PSTU, PCB, Conlutas, esquerda da CUT, etc). No entanto mesmo tendo discernimento das dificuldades e necessidades de construção de cada organização, neste momento histórico em que a burguesia se prepara para desferi um ataque frontal á nossa classe está colocado como tarefa central a obrigação de GOLPEARMOS JUNTOS.

Este é o sentido maior que nos faz acreditar ser possível utilizarmos as eleições para que o conjunto das forças da esquerda socialista saia vitoriosa eleitoralmente e, mais do que isto, se constitua na principal referência oposicionista de resistência aos ataques que nossa classe sofrerá no próximo período e quem sabe se crie uma sinergia capaz de contribuir para a reaproximação do bloco histórico que se constituiu ao longo da história.

Os trabalhadores da França, da Venezuela, da Bolívia já apontaram que estamos em condições de construir um processo superior de aglutinação, e não da fragmentação na forma, que infelizmente ocorreu, na Argentina no último período.

Por tudo isto; conclamamos a todos os setores que ao longo do tempo estiveram lado a lado, do mesmo lado da trincheira, para que façamos uma aposta de que seremos capazes de equacionar em grande medida nossas divergências táticas e nos unifiquemos no essencial nesse momento: ou seja, no combate frontal ao imperialismo, ao capital e seus representantes nos governos federal e estaduais, nas eleições e na luta direta e na unificação da luta do campo e da cidade.

Portanto, acreditamos ser necessário que nossas energias não se coloquem para protestos vãos ou disputas menores, e sim para que sejam voltadas pra que exista PAZ ENTRE NÓS E GUERRA AOS SENHORES.

Saudações Socialistas.

Jorginho -- Frente de Esquerda Socialista

-- Direção Nacional do P-SOL



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