14 julho, 2006

ISRAEL MASSACRA O POVO PALESTINO

O exército do Estado de Israel intensificou nos últimos dias, em Gaza, uma brutal e selvagem ofensiva, com o objetivo fundamental de aniquilação completa do povo palestino.
Em 24 horas de ataque, o estado sionista despejou sobre a população da pequena cidade palestina cerca de 500 mísseis, deixando um rastro de sangue e terror. Destruiu uma central elétrica, o aeroporto, estradas, hospitais e bairros inteiros. Os palestinos estão acuados e isolados do mundo. Segundo fontes internacionais há comida para apenas mais uma semana. Em outras ações foram seqüestrados e presos ministros e dezenas de deputados do Hamas, partido que ocupa atualmente o governo da ANP (Administração Nacional Palestina). O pretexto é o resgate de um soldado israelense, capturado pelas forças rebeldes palestinas para ser trocado por milhares de palestinos, cerca de 9.000 entre homens, mulheres e crianças aprisionados em cárceres israelenses sob condições desumanas.
No entanto, não há intenção de negociar já que essas ações já haviam sido programadas pelo exército e pela polícia política (Shin Beth) do estado judeu. Em 9 de junho, bombardearam as praias de Gaza, assassinando 11 civis, incluindo crianças e mulheres grávidas e 174 feridos, e os habitantes são aterrorizados durante as noites com os vôos noturnos dos helicópteros “Apache” que cospem fogo assassino.
Mas o pior ainda estava por vir. No dia 3/07 com Gaza as escuras, centenas de tanques, veículos blindados (caveirões) e milhares de soldados israelenses armados para matar, voltaram a ocupar a cidade de Gaza. A comunidade internacional não tem acesso ao número de feridos, de mortos e de prisões executadas pelo exército do estado judeu.

É dramática a situação do povo palestino: Israel não reconhece suas organizações e seu governo democraticamente eleito; não reconhece as fronteiras de 1967, nega o direito de retorno dos refugiados palestinos, obrigados a viverem em campos de refugiados (guetos) espalhados nas fronteiras e segue ampliando práticas de limpeza étnicas (assassinatos), expulsões e destruição de casas ao mesmo tempo em que se apropriam da água e demais recursos naturais palestinos.
Israel, sistematicamente, viola todas e cada uma das resoluções das Nações Unidas, da IV Convenção de Genebra e da Corte Internacional de Justiça que decretou a ilegalidade do Muro do Apartheid, a imediata paralisação de sua obra e sua destruição. Mas, Israel prossegue com a construção do Muro do Apartheid, com as anexações e expropriações de terras. Destroem pés de oliva, criam guetos e isolam comunidades inteiras, impondo ao povo palestino o regime de segregação racial, nos moldes da África do Sul. Israel não reconhece a existência do povo palestino e seu direito a viver em sua terra.
A condenação dos crimes do estado racista de Israel e a solidariedade com o povo palestino é um dever de todos. A solidariedade internacional pode ser a pressão que vai impedir que a atividade militar israelense acabe em uma tragédia de imprevisíveis conseqüências.


Por tudo isso, propomos:

1- Que o Senado e a Câmara dos Deputados se pronunciem contra o operativo militar israelense contra a população civil palestina.

2 – Que o governo brasileiro do Presidente Lula faça chegar à embaixada e ao governo de Israel seu repúdio à usurpação da soberania territorial do povo palestino, à destruição de infra-estruturas civis necessárias para uma vida digna e o grave perigo de um genocídio provocado pelo cerco e agressão militar na cidade de Gaza, exigindo sua imediata retirada dos territórios ocupados.
3 – E por fim, exigimos que o governo do Brasil se retire e encerre as negociações do Tratado de Livre Comércio entre o Mercosul e Israel. Firmar o TLC com Israel significa manchar com sangue do povo árabe palestino todos os estados envolvidos.

Nenhuma cooperação é possível com o estado racista de Israel!

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